terça-feira, 14 de abril de 2009

OBJETIVIDADE

Passaram-se os panettones e as serpentinas, hora de cair na estrada de novo. A CCB - SP andou meio devagar, quase parando. Dizem que no Brasil, o ano só começa depois do carnaval e acho que nós levamos isso muito sério. Todo mundo viajou, descansou... se estressou. Precisávamos de algo novo, algo que nos desse um ânimo, um gosto de “quero mais”. Já é difícil pra qualquer banda se manter de pé sem tocar pro “povão”, sem ensaio então, impossível manter a energia, o tesão! O mais engraçado é que era tão óbvio, tão claro, (“O pior cego, é aquele que não quer ver”...) mais ainda assim nós estávamos relutantes. As músicas já ensaiadas estavam se perdendo no esquecimento, e isso começou realmente a ficar preocupante. Foi então que eu recebi um telefonema do Betão...
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Nosso "Bass Man", Beto Donato.
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Desculpem minha memória, ou melhor, a falta dela, mas não me lembro de quem partiu a idéia, só sei que assim que a ouvi, percebi que havia uma luz no fim do túnel, e que nós estávamos voltando.
A idéia em questão, (chega de suspense, afinal, isso não é um conto de Stephen King) era de ensaiarmos em um estúdio, ao invés de na casa dos Donato, como fazíamos de costume. A princípio, seria para evitarmos o eventual transtorno de montar e desmontar instrumentos, em principal minha bateria, que é por si só, um adorno sem fim de porcas e parafusos. Os bateristas que me apóiem aqui, e façam confirmar o que digo... É muito chato!
Mas também, serviria para que tivéssemos objetividade. Sim, foi exatamente essa palavra que nosso Bass Man usou: Objetividade!Se iríamos pagar pra ensaiar, teríamos que fazer valer aquele precioso tempo. Não poderíamos mais nos dar ao luxo de ficar relembrando o episódio engraçado do “Hermes & Renato” de ontem, nem muito menos de tirar “Hotel Califórnia” só por diversão. A palavra do momento era “OBJETIVIDADE”, e teria que ser seguida à risca!Assim fizemos, e as coisas começaram a mudar...
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CCB - SP pronta para o ensaio.
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Por mais simples que possa parecer, procurar um estúdio pra ensaiar, pode ser uma tarefa árdua e complicada. Ambiente, qualidade, bons equipamentos, localização, e é claro... preço!
Todos esses elementos devem ser levados em consideração. A última coisa que uma banda precisa, é descobrir no dia do ensaio, quando o relógio já está girando, (pra quem não sabe, em estúdios de ensaio, fecha-se um preço, em cima de um determinado tempo em que a banda vai ocupar o local) que os cabos não estão em bom estado, ou que alguns microfones – a maioria deles – não funcionam. “Pois é rapazes, temos um problema”!
Já tínhamos um estúdio em mente, mas decidimos nos aventurar em outros, e descobrimos que nem sempre quem procura, acha. Ou talvez até ache, mas corre o risco de não ser exatamente o que se estava procurando. Depois de aprendermos a lição, ficou óbvio que nosso rumo já estava traçado.
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Montando a batera.
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É fio que não acaba mais.
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Aquecendo os motores.
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Quando gravamos nossa primeira “demo”, - a milhões de anos atrás - no templo musical do mago C.B (César Hernandes), em Santo André, encontramos não só um mestre na engenharia do som, (com um currículo invejável), mas também um amigo sincero, disposto a nos ajudar e nos acompanhar nessa tortuosa estrada da música!
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CCB - SP e o "Quinto Elemento".
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O mestre trabalhando.
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Nos estúdios do C.B, não se encontra apenas qualidade e boa ambientação. A presença do cara é constante, arrumando e equalizando tudo, para que o ensaio seja o mais produtivo possível. Depois, ainda compartilhamos da vasta enciclopédia músical que é o César, sem contar suas histórias de estrada com sua banda antológica, a “Tala Larga”. Uma verdadeira aula sobre a vida, e claro, sobre o bom e velho Rock N’ Roll!
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"Tala Larga"... Mil anos atrás!
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"Tala Larga" hoje. Mesma formação.
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É como ensaiar no quarto de casa, só que com a vantagem de ter alguém sempre cuidando da gente, seja arrumando o som, ou servindo um cafezinho! O tratamento, é sempre VIP.
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Onde estava essa câmera?
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Menino feliz!
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Alegria geral!
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Djalma demitido!
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O nosso "John Fogerty".
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Então é isso aí, banda reunida, ensaios marcados, repertório definido. A estrada é longa e nem sempre agradável, mas estamos juntos, e isso é o que importa. Vamos lutar juntos, chorar juntos, vencer e perder juntos! E no final – seja qual for ele – ainda teremos muito o quê contar e relembrar. Vamos poder dizer à todos que um dia, fomos os 4 meninos da Creedence Cover Band – SP.










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